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Sérgio Gwercman e o lema da Superinteressante. (Foto: Roberta Aragão) |
Gwercman falou da juventude de 25
anos atrás, quando a Super foi
lançada, e de como era o perfil do público e do conceito editorial da revista.
“Naquela época, os editores achavam que a Super
era a dose mensal de conhecimento que o jovem precisava, e não é absurdo pensar
que era assim em 1987. Hoje, com certeza, seria”, conta o jornalista.
A publicação foi criada com a
proposta de mostrar como a ciência poderia ser divertida, e por isso sempre foi
inovadora. Isso justifica o enorme sucesso da Super, que se consolidou nos anos 90 e
2000, até que chegou mais alguém nessa roda, e mudou os rumos da comunicação e
da humanidade: a internet.
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Os muvuqueiros curtiram a palestra da segunda noite de Muvuca. (Foto: Zek Nascimento) |
O ponto-chave da inovação da
Super é a “queda do muro”, expressão criada por Gwercman para simbolizar o fim
das fronteiras entre jornalistas e designers: “Se queremos produzir
exclusividade, devemos mudar o caminho da produção, e a interação entre os profissionais
é fundamental”.
“A revista deve ser o assunto nas
mesas de bar”. É o que afirma o jornalista, ao explicar como as matérias têm
que ter conteúdo interessante. Gwercman diz que “o leitor deve sempre estar no
nosso retrovisor, sem buscar superioridade, muito menos falar da coisas que
todos sabem e como todos sabem”. Para isso, quem faz a Super segue oito lemas gerais, que estimulam a qualidade, fugindo
da previsibilidade e criando polêmicas, mas com foco.
Em resumo, a palestra que
encerrou a segunda noite da Muvuca 2012 nos fez refletir sobre as mudanças no
perfil do jovem, público-alvo da Super,
além das transformações na sociedade e como o jornalismo e a comunicação
acompanharam essa onda. “Hoje não basta mais saber por que uma história está
sendo contada, e sim como”, disse Gwercman.
Assim, nesse ritmo, nós vivemos a
“era da autoria universal, e essa missão está perto de ser concluída”, devido
ao grande número de pessoas conectadas que produzem algum tipo de conteúdo,
seja uma foto – no caso, as nossas fotos, ou seja, POPS – ou um texto, um
tweet.
Interação também foi a palavra da
vez. Os muvuqueiros presentes indagaram o convidado sobre diversos assuntos,
relacionados à produção de conteúdo na revista, e Gwercman reafirmou o
compromisso da Super com o inédito: “Todo modelo editorial segue fórmulas, inclusive a Super. O
que nós buscamos sempre é fugir do previsível. Precisamos transformar o
relevante em interessante e vice versa”.
Então, deu pra sentir um
pouquinho como foi a palestra com o Gwercman? O bate-papo foi bem produtivo,
divertido e deixou todos os muvuqueiros empolgados e felizes, prontos pro
último dia da nossa Muvuca. Amanhã, pra fechar com chave de ouro, será a vez da
nossa Mulher-Transparência, Daniela
Silva. Corre e vem muvucar, porque depois, só em 2013.
Texto: Gustavo Ferreira
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