2 de dezembro de 2007. Esse dia
marcou o início da implantação do sistema de televisão digital brasileiro,
intitulado Integrated Services Digital
Broadcasting – Terrestrial Brazil. Parece complicado, né? A gente explica: esse
nome quer dizer que, no Brasil, foi adotado o padrão japonês de transmissão,
desenvolvido nos anos 1970. Para um uso melhor, alguns recursos foram
aperfeiçoados e essa mistura de tecnologia recebeu a sigla ISDB-TB ou SBTVD.
Mas o que essa tecnologia trouxe de novo?
A primeira mudança que percebemos, de
cara, é na qualidade de imagem. Esse padrão permite que os programas cheguem a
nossos aparelhos sem chuviscos e interferência no áudio. Além disso, podem ser
disponibilizadas em alta definição (HDTV), proporcionando maior nitidez na
imagem.
Outra novidade é a multiprogramação,
ou seja, em um único canal, podem ser transmitidos até 8 programas, o que pode
aumentar a variedade do conteúdo na TV aberta. No Brasil, essa função só é
permitida pra canais estatais. A regulamentação para canais privados ainda é
estudada.
Outro caminho ainda pouco explorado
no país é a interatividade. Essa função permite que o usuário acesse programas
anteriores, veja fotos e inserções publicitárias diferenciadas e até participe
de enquetes. Já pensou votar no paredão do Big Brother usando o controle
remoto? Esse recurso, chamado de Ginga, foi desenvolvido por meio de uma
parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da PUC-Rio com o
objetivo de adequá-lo às necessidades do país.
Algumas experiências já foram feitas
no Rio de Janeiro, pela Rede Globo. Uma delas foi em 2007, durante a exibição
da telenovela “Caminho das Índias”, que tinha um aplicativo no qual o usuário
podia ler os resumos dos capítulos, ver fotos da trama e ler o perfil dos
personagens.
A implantação do sistema de DTV
brasileiro começou em São Paulo e vem se expandindo pelo país. De acordo com o
site oficial sobre o assunto no Brasil, o DTV, mais de 300 cidades já contam
com a programação no padrão digital. Se considerarmos a quantidade de
municípios brasileiros – 5.565 – a abrangência do serviço à população é lento.
A legislação prevê que o sinal analógico seja desativado em 2016.
Será que até lá todos os brasileiros
já terão acesso a essa nova tecnologia? Isso e muito mais será assunto da
Muvuquinha desta quinta (12). O penúltimo “esquenta” pra Muvuca 2012 vai
acontecer na Feapa (Augusto Montenegro, Km 04, Nº4120), às 19hs. Os convidados
serão Sônia Ferro (diretora de produção da TV Cultura), o professor Rodolfo
Marques (FEAPA) e a jornalista formada pela UFPA Fernanda Chocron. O bate-papo será
mediado por Gabriela Amorim, estudante de Jornalismo da UFPA,
e tem com o tema “Televisão: Produção ou
Reprodução?”. Não fica de fora que o papo é bom, é de graça e vale
certificado.
Texto: Victor Lopes
1 muvucada sobre isso
Não foi transferido pra quinta-feira, 12?
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