sexta-feira, 2 de outubro de 2015

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Teve Mesas de Debate na Muvuca, sim, senhor!


       Dando continuidade a programação da Muvuca na Cumbuca, em seu primeiro dia de evento, aconteceram, pela parte da tarde, as mesas de debate que abordaram diversos assuntos associados a comunicação.

      No Casulo Cultural, “De 1000 toque a 140 caracteres: Noticia em tempo de redes sociais e entretenimento” e “Faz uma comunicação pras gay! Os desafios da comunicação LGBT no Brasil” foram as mesas que fizeram os muvuqueiros questionar a comunicação com um olhar mais social.

     A mesa “De 1000 toque a 140 caracteres: Noticia em tempo de redes sociais e entretenimento” teve mediação de Amanda Campelo da TV Cultura e foi composta pela jornalista Carolina Menezes, da revista Leal Moreira, pela professora da UFPA Elaide Martins e pelo jornalista Hélio Granado, do DOL – Diário do Pará. Foi falado sobre a transição e adaptação dos jornalistas as redes sociais e a importância e uso delas como fonte de informação, além das grandes proporções que as notícias ganharam através de seu advento.


      “A internet ao mesmo tempo que incentiva textos curtos, também incentiva textos longos, mais completos”, afirmou Carolina Menezes. A Professora Elaide completou que a narrativa multimídia além de ter formato diferenciado e a narrativa interativa, ela acaba sendo mais completa por contar com a utilização de áudio, vídeo, galeria de fotos, entre outros. Para Hélio Granado, os formatos mudaram, mas algumas práticas se mantêm, “checar a notícia e a fonte tem que fazer parte do dia-a-dia”, afirmou o jornalista.



       Na mesa “Faz uma comunicação pras gay! Os desafios da comunicação LGBT no Brasil” quem fez a mediação foi a (des) organizadora Bianca D’aquino e contou com a participação de Rafael Ventimiglia, do movimento LGBT no Pará, Robson Cardoso da UFPA e Giovanna Piani, da Sexgen. Foi falado sobre questões polemicas envolvendo publicidade, mídia e direitos humanos, como é feita a comunicação dentro do movimento LGBT, além da diferença entre GLS e LGBT.

          A campanha de dia dos namorados da marca de perfumes e cosméticos O Boticário e a transfobia, assunto que veio à tona após a Parada Gay de São Paulo também foram debatidos  durante a mesa.

            Simultaneamente no CCBEU, as mesas foram “Cabe mais um? O atual panorama do mercado de comunicação paraense” e “Vaza, Varão! Os estereótipos da mulher na publicidade – e dentro das agências”.

         A primeira mesa do CCBEU iniciou às 14h, “Cabe mais um? O atual panorama do mercado de comunicação paraense” contou com a mediação de Luciano Castro (Muvuca na Cumbuca), e a palestra  de Raffael Regis (Greenvision), Hellen Monarcha (Profa. FAP) e Dilson Pimentel (SINJOR).

          Dilson Pimentel iniciou a mesa mostrando que atualmente o profissional jornalista enfrenta uma crise quanto a valorização da própria profissão. Se submeter a salários muito baixos para desempenhar trabalhos muitas vezes exaustivos, foi um ponto muito debatido tanto pelo palestrante como pelos espectadores. 


          Já o palestrante Raffael sinalizou que não existe uma crise vigente na profissão do publicitário, mas que as dificuldades existem também. E Hellen Monarcha trouxe dados que mostraram que hoje a graduação em publicidade vem crescendo e que a busca por essas vagas também, parte também talvez de uma “glamourização” da profissão, da expectativa de “ganhar muito dinheiro”.


      “Vaza, Varão! Os estereótipos da mulher na publicidade – e dentro das agências”, trouxe muito empoderamento e opiniões fortes sobre o papel da mulher. Desde a concepção do feminismo e de como ele é encarado na sociedade, em especial de como a publicidade se apropria de discussos machistas ou misóginos.

       A Carol Marçal fez uma abordagem mais teórica, até mesmo inflada, sobre o comportamento da mulher e como ele é visto, subjugado pela sociedade e como isso vem tentando mudar. Lívia Ferreira deu a opinião como mulher e publicitária que já teve que lidar várias vezes com o machismo dentro e fora das agências. Já os comentários da Mariah Aleixo, partiam para a discussão política, tendo em vista que o modo de analisar o papel da mulher na sociedade tem sido moldado pela sociedade patriarcal.


           E assim terminou o primeiro dia da Muvuca. Te liga, muvuqueiro, que a estamos na metade, mas nunca no fim!


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