Dando continuidade a programação da Muvuca na Cumbuca, em seu
primeiro dia de evento, aconteceram, pela parte da tarde, as mesas de debate
que abordaram diversos assuntos associados a comunicação.
No Casulo Cultural, “De 1000 toque a 140
caracteres: Noticia em tempo de redes sociais e entretenimento” e “Faz uma
comunicação pras gay! Os desafios da comunicação LGBT no Brasil” foram as mesas
que fizeram os muvuqueiros questionar a comunicação com um olhar mais social.
A mesa “De 1000 toque a 140 caracteres:
Noticia em tempo de redes sociais e entretenimento” teve mediação de Amanda
Campelo da TV Cultura e foi composta pela jornalista Carolina Menezes, da
revista Leal Moreira, pela professora da UFPA Elaide Martins e pelo jornalista
Hélio Granado, do DOL – Diário do Pará. Foi falado sobre a transição e
adaptação dos jornalistas as redes sociais e a importância e uso delas como
fonte de informação, além das grandes proporções que as notícias ganharam
através de seu advento.
Na mesa “Faz uma comunicação pras gay! Os desafios da
comunicação LGBT no Brasil” quem fez a mediação foi a (des) organizadora Bianca
D’aquino e contou com a participação de Rafael Ventimiglia, do movimento LGBT
no Pará, Robson Cardoso da UFPA e Giovanna Piani, da Sexgen. Foi falado sobre
questões polemicas envolvendo publicidade, mídia e direitos humanos, como é
feita a comunicação dentro do movimento LGBT, além da diferença entre GLS e
LGBT.
A campanha de dia dos
namorados da marca de perfumes e cosméticos O Boticário e a transfobia, assunto
que veio à tona após a Parada Gay de São Paulo também foram debatidos
durante a mesa.
Simultaneamente no CCBEU, as mesas foram “Cabe mais um? O atual
panorama do mercado de comunicação paraense” e “Vaza, Varão! Os estereótipos da
mulher na publicidade – e dentro das agências”.
A primeira mesa do CCBEU
iniciou às 14h, “Cabe mais um? O atual panorama do mercado de comunicação
paraense” contou com a mediação de Luciano Castro (Muvuca na Cumbuca), e a
palestra de Raffael Regis (Greenvision), Hellen Monarcha (Profa. FAP) e
Dilson Pimentel (SINJOR).
Dilson Pimentel iniciou a
mesa mostrando que atualmente o profissional jornalista enfrenta uma crise
quanto a valorização da própria profissão. Se submeter a salários muito baixos
para desempenhar trabalhos muitas vezes exaustivos, foi um ponto muito debatido
tanto pelo palestrante como pelos espectadores.
“Vaza, Varão! Os estereótipos da
mulher na publicidade – e dentro das agências”, trouxe muito empoderamento e
opiniões fortes sobre o papel da mulher. Desde a concepção do feminismo e de
como ele é encarado na sociedade, em especial de como a publicidade se apropria
de discussos machistas ou misóginos.
A Carol Marçal fez uma abordagem mais teórica, até mesmo
inflada, sobre o comportamento da mulher e como ele é visto, subjugado pela
sociedade e como isso vem tentando mudar. Lívia Ferreira deu a opinião como
mulher e publicitária que já teve que lidar várias vezes com o machismo dentro
e fora das agências. Já os comentários da Mariah Aleixo, partiam para a
discussão política, tendo em vista que o modo de analisar o papel da mulher na
sociedade tem sido moldado pela sociedade patriarcal.
E assim terminou o primeiro dia da Muvuca. Te liga, muvuqueiro, que a
estamos na metade, mas nunca no fim!
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