Texto: (Des)organização
Fotos: Miller Farias e Laura Quaresma
E faltou luz na UFPA, mas
quem pensou que era o fim da Muvuca 2014, se enganou. As mesas foram
transferidas para o Centro de Eventos Benedito Nunes e a tarde não poderia ter
ficado mais bonita nessa Semana de Comunicação. Vem ver como foi:
14h (Hall do Centro de Eventos Benedito
Nunes)
AÇÃO - O
crescimento do mercado audiovisual publicitário em Belém
Cassiano Ricardo (3D
Produções) falou sobre como é o dia-a-dia de um diretor de cena, de atores e a
experiência dele na 3D, que existe há 20 anos. Ele também contou aos
muvuqueiros que hoje em dia o mercado de produção audiovisual é independente do
sudeste, pois tem boas produtoras em Belém. Yanna Tally (Gamma Comunicação)
ressaltou que os clientes querem trabalhos bons, baratos e rápidos, e que as
três coisas não funcionam juntas. Neto Dias (Alt Produções) contou sobre a
empresa que vai completar 3 anos no mercado. Ele falou como tudo começou e os
trabalhos já produzidos. Os debatedores discutiram sobre o futuro do mercado
audiovisual, que as produtoras devem se unir, serem parceiras para que não haja
problema do tipo: “empresa x faz mais barato” e assim, elevar a qualidade da
produção audiovisual em Belém.
14h (Auditório do Centro de Eventos
Benedito Nunes)
Fora de
pauta - Alternativas para o que não está nas manchetes
A mesa tratou sobre o que
nem sempre é manchete na mídia, mostrando formas de comunicação para driblar
essas barreiras. A professora doutora Rosaly Brito (UFPA) falou um pouco sobre
movimentos sociais e a mídia, com foco nas jornadas de julho de 2013 e seu
impacto na sociedade. Felipe Melo, jornalista que esteve presente na Greve do
Diário do Pará e do DOL, falou sobre sua experiência naquela ocasião e da
importância que isso teve, deixando claro que não podemos deixar as coisas como
estão. Larissa Saud, representante do Amazônia em Chamas também relatou as
experiências do projeto, que tem como objetivo comunicar os conflitos
existentes na Amazônia, por meio de uma perspectiva crítica, mais próxima aos
povos da região.
16h (Hall do Centro de Eventos Benedito
Nunes)
Sobre zeros
e uns - O mercado digital paraense
Petterson Farias mostrou
alguns projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado do Pará, como o “Terruá
Pará”, a “Feira do Livro” e o “Bem Pará”. Karla Soares, da ORM News, ressaltou
que o jornalismo digital ainda é restrito no Pará, e que existem poucos
veículos deste tipo. “Apesar dessa restrição o jornalismo digital tende a
crescer devido à demanda de conteúdo regional”. Filipe Mendes (desenvolvedor de
jogos) informou que uma das possibilidades para quem deseja trabalhar com
jogos, é desenvolver aplicativos para as redes sociais ou smartphones e
utilizar a internet como meio de divulgação do seu trabalho, pois em Belém o mercado
é muito pequeno. Mário Guimarães (Life Social Web) destacou a importância da
relação com o cliente, afirmou que o empresário não deve se preocupar apenas
com a parte financeira, mas também com a relação com os clientes nas redes
sociais.
16h (Sala Multiuso do Centro de Eventos
Benedito Nunes)
Saindo do
quadrado - os tabus na comunicação
A professora doutora
Ivânia Neves (PPGCom – UFPA) falou sobre o povo Tembé-Tenetehara, suas
movências históricas e novos processos de interação, pelos quais se dá a comunicação.
Ela falou que, em Belém, muitas pessoas negam a sua descendência indígena.
Allana Souto (NAEA – UFPA) falou da religiosidade tratada nos veículos de
comunicação, em especial dos rituais afro. Segundo ela, muitas dessas
manifestações ainda são vistas de maneira errada e preconceituosa. A pesquisa
sobre elas foi o que deu origem ao blog Semeadura. Ádria Azevedo, psicóloga e estudante de
Jornalismo da UFPA, veio representando o blog Pará Diversidade, que surgiu em
2010 no Pará e que pretende cumprir um papel social de representação dos
LGBT’s, com conteúdo sério voltado para esse universo. Segundo ela, a imagem
deles na mídia é de desinformação, preconceito e estereótipos.
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