Fotos: Camila Lima e Laura Quaresma
Primeiro dia de mesas de debate
e a primeira rodada já encheu a nossa Cumbuca de conhecimento. Profissionais e
pesquisadores da nossa cidade tiveram altas conversas com os muvuqueiros
durante toda a tarde. Perdeste? Ou queres relembrar o que rolou? Então dá uma
olhada no nosso resuminho.
14h (Auditório Setorial Básico
I)
Todos a bordo! Intercâmbio e experiências culturais em terras
estrangeiras
As experiências vividas nos
intercâmbios universitários deram o tom da mesa “Todos a bordo! Intercâmbio e
experiências culturais em terras estrangeiras”. Jamille Queiroz, integrante da
AIESEC (Associação Internacional de Estudantes em Ciências Econômicas e
Comerciais), compartilhou com os muvuqueiros presentes que entrou na associação
após assistir a uma palestra da Muvuca (*.*) sobre transparência hacker
(Saudades, Daniela Silva). Amanda Pinho, do estúdio Ovelha Negra, dividiu que
participou de três trabalhos voluntários na Austrália através do Ciência Sem Fronteiras.
De volta ao Brasil fez parte do blog O Bagageiro e desenvolveu seu Trabalho de
Conclusão de Curso sobre as experiências interculturais dos estudantes
brasileiros. Como se preparar para os editais e programas de intercâmbio foram
as dicas de Lindalva Moraes, da Pró-Reitoria de Relações Internacionais, a
PROINTER-UFPA.
14h (Auditório Setorial Básico
II)
À flor da pele – O corpo como forma de expressão e comunicação
Gestos, tatuagem, moda. Não há
dúvidas de que o corpo comunica, e foi para falar sobre esse tipo de
comunicação que estiveram presentes hoje a professora Alda Loureiro Henriques
(IFCH-UFPA), Saulo Figueiras (Tattoo Day Belém) e Graziela Ribeiro (Estácio
FAP). O encontro rendeu discussões sobre a percepção de como nosso corpo
comunica, mesmo quando menos imaginamos. É o que contou a professora Alda, ao
explicar que todas as pessoas são seres decodificadores de símbolos e a
linguagem corporal está repleta deles. Nós decodificamos essas informações o
tempo todo, conscientemente ou não. Saulo
Figueiras vem em seguida abordando a comunicação por outro ponto de vista: as
tatuagens enquanto forma de expressão. “Depois da moda, ela é a maneira mais
versátil de se comunicar”, afirma. Saulo explica que a tatuagem pode ter vários
propósitos, desde uma manifestação primitiva na cultural de uma tribo, até uma
maneira autônoma de expressar sua personalidade. Graziela Ribeiro trouxe a relação
da moda com a comunicação contando rapidamente como o ser humano começou a praticar
o hábito de cobrir o corpo, desde a pré-história até os dias de hoje. Os
muvuqueiros puderam ter uma perspectiva de como a moda tem mudado com o tempo e
o que cada uma tem a dizer sobre a sociedade do período em que estavam em alta.
O debate levantou questões importantes, onde muvuqueiros e convidados
discutiram o caráter simbólico de gestos, roupas e tatuagens, os quais possuem
interpretações tanto em nível pessoal quanto social, de forma divergente ou
não.
16h (Auditório Setorial Básico
I)
De dentro pra fora - Comunicação Organizacional e Assessoria
Ressaltar a importância da
assessoria e comunicação organizacional foi o objetivo desta mesa. As
convidadas Glauce Monteiro (ASCOM UFPA) e Pauline Protásio (ASCOM IAP)
compartilharam conhecimentos e experiências que mostraram a dinâmica e
responsabilidade nessa área de trabalho.
“É preciso que o profissional
saiba falar e escrever bem, basicamente. Mas também é necessário que ele saiba
ouvir”, afirmou Glauce Monteiro, para a qual o mais importante do trabalho é o
cumprimento de um papel social. Isso quer dizer que é preciso saber ouvir todos
os lados de uma mediação, equilibrando necessidades e possibilidades, onde o
foco principal são as pessoas que precisam da informação, o trabalho final.
Logo, quando se trata de comunicação, essa preocupação aumenta. Glauce se
lembra da divulgação dos resultados de vestibular, um momento em que cresce a
responsabilidade daqueles que vão transmitir uma das notícias mais esperadas do
ano por centenas de estudantes.
Já para a assessora Pauline
Protásio, que é formada em Relações Públicas, é muito importante que o
profissional ou estagiário de comunicação tenha a consciência de que ele
representa uma empresa e, por isso, precisa priorizar a informação segura e
apurada, principalmente em momentos de crise. Nessas horas, é necessário que a
assessoria esteja ciente de tudo o que acontece na empresa antes que cheguem as
demandas da mídia externa.
Ao final, as duas convidadas
chegam à conclusão comum de que é preciso ter uma responsabilidade moral no
exercício da assessoria e comunicação organizacional, onde o interesse do
público deve ser priorizado, com seriedade e precisão, ainda que haja a pressão
pela informação imediata, em grande parte exercida pela imprensa.
16h (Auditório Setorial Básico
II)
Challenge accepted – produzindo eventos no Pará
Nesta mesa, a discussão foi em
torno da complexidade em produzir eventos na cidade, assim como o potencial
turístico e cultural do Pará. Marcelo Damaso dividiu com os participantes sua
experiência no Se Rasgum ao longo de nove anos, e como o patrocínio e apoio de
leis de incentivo são indispensáveis para a execução de um projeto cultural.
Felipe Salgado, organizador do Animazon, começou a participar do evento ainda
aos 16 anos. No processo de produção, todos os produtores são voluntários e a hierarquia
organizacional é decisiva para o sucesso do festival. A professora do IFPA, Marinete
Boulhosa, compartilhou parte de seus aprendizados, mostrando que o turismo é
peça-chave na base produtiva paraense.
Gostou, muvuqueiro? Então te
esperamos amanhã, porque ainda estamos só começando.
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