Publicitária formada pela ESPM. Professora doutora do curso de Comunicação da Universidade Federal do Pará. Scarleth O’Hara é do tipo de pessoa cujas conversas sempre passeiam entre suas ricas experiências pessoais e seus conhecimentos em assuntos como design, artes visuais, publicidade, merchandising, branding, marketing e muito mais. A atual diretora de Avaliação Institucional da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFPA tem diversas viagens na bagagem, mas decidiu dividir com os muvuqueiros uma experiência bem específica. Sua visita à China, que de comum à sua cultura, somente os olhinhos puxados.
Foto: Acervo Pessoal
Muvuca: Qual viagem mais lhe marcou?
Foi uma viagem que fiz à China, em 2007. Um intercâmbio promovido pela Câmara Brasil-China da Intercom, com 32 doutores em Comunicação do Brasil. Visitamos as universidades de Comunicação de lá, além de TVs, rádios e escolas.
Muvuca: Por que ela foi importante?
A comunicação é mutante, então fomos atrás de outras culturas para melhor compreendê-la. Sem falar que existem assuntos como TV Digital, dos quais é impossível fugir do que está sendo produzido no Oriente.
Muvuca: Alguma experiência que ficou na memória?
Nem tudo foram flores. 5 malas não chegaram, uma delas era a minha. Não fui preparada financeiramente pra isso e não falo chinês, só inglês. Essa minha mala nunca mais apareceu, mas com isso percebi que a gente pode viver com pouco.
Foto: Acervo Pessoal
Muvuca: Por onde você passou?
Foi uma viagem de 20 dias. Passamos por Shangai, Shenzen, Macau, Beijing, Hong Kong... Todas têm um encanto diferente. Shangai, por exemplo, parece coisa de filme, dos Jetsons! Em Macau foi onde fiz meu pronunciamento oficial sobre a UFPA e o curso de Comunicação daqui.
Muvuca: E quanto a linguagem?
O chinês é muito difícil, aprendi só algumas palavrinhas. Meu marido aprendeu expressões como “cerveja gelada”. Para um país que receberia as Olimpíadas, era estranho ninguém falar inglês. Eu sofria, pois apenas os ideogramas são equivalentes ao japonês, não a pronúncia. E existia uma barreira de idioma e cultural pra mim, pois China e Japão tiveram muitas conflitos. E ainda me achavam gorda.
Muvuca: O que achou do povo de lá?
O pessoal lá não para de trabalhar, tudo fica pronto muito rápido. Até o lazer é uma espécie de tarefa. E existem algumas posturas culturais curiosas, como a reverência que se tem até hoje com a figura do imperador, do que aquilo representou.
Muvuca: Por que os muvuqueiros devem buscar esse tipo de experiência?
Abre a cabeça, a mente. Conhecer coisas novas amplia a visão de mundo. Tudo é um aprendizado, conhecer outra cultura então...
Muvuca: Qual lição ficou?
Tudo se passou diferente por conta daquela mala. E eu descobri que podia ser feliz sem ela.
Foto: Acervo Pessoal
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