Enquanto
Gangnam Style passava dos 1,5 bilhões de visualizações, Psy lançou Gentleman e
já alcançou os 200 milhões com o novo vídeo.
O rapper se tornou, em 2012, o líder do movimento que levou os idol
groups e dramas coreanos para o resto do planeta. Não sabe ainda o que é a onda
coreana? Então abra os olhos, pequeno muvuqueiro, você está nadando nela! Seja
nas novelas ou na música, a cultura da Coreia do Sul é tendência e a gente
ajuda a contar como ela veio pra ficar nessas bandas ocidentais.
Ainda
que o K-pop, música popular ou pop coreano, seja o principal exemplo do sucesso
da Hallyu Wave (ou Onda Coreana, para nós lusófonos), ela começou como uma
marolinha audiovisual ainda na Ásia. Os doramas ou dramas são febre na Coreia
do Sul tanto quanto as novelas são aqui no Brasil. Eles geralmente têm um
formato mais curto, em torno de 20 episódios de uma hora cada, possibilitando
que as quatro maiores emissores do país produzam muitos a cada ano. Em 2002, a
emissora KBS produziu o drama Winter Sonata (sim, eles geralmente tem um nome
em inglês) que se tornou sucesso absoluto no Japão. É aí que a nossa história
começa.
Winter Sonata
Daí para o mundo, a internet possibilitou que pessoas de diversos países assistissem dramas e difundiu a fama de muitos artistas como o ator Lee Min Ho, que protagonizou o teen drama Boys Before Flowers (2009), um dos mais populares entre as fãs ocidentais. O último queridinho dentre as produções mais recentes foi o drama Reply 1997 (2012), do canal a cabo TVN, que conta a história de um grupo de amigos que viveu a adolescência na década de 1990 culminando na reunião da turma de escola no momento atual. Imerso na realidade das salas de bate-papo online, tamagotchis e tudo que era moda no período, o drama mostra o romance entre os melhores amigos Siwon e Yoon Jae, além da paixão da garota pela boyband H.O.T., tudo isso com muito humor. É possível conferir o drama em sites como o Viki.com, onde essas produções são compartilhadas e legendadas por fãs de vários países.
Teaser de Reply 1997
A ONDA MUSICAL
Mas a
maior vitrine da Hallyu Wave ainda é o K-pop. Apesar da explosão do ritmo no
ano passado, o K-pop tem seu começo marcado em 1992, como o surgimento do grupo
Seo Taiji and Boys, que lançou o ritmo que se inspirava nas músicas ocidentais
e incluía a dança como um dos principais elementos. Mesmo com o sucesso que
marcou o grupo como o primeiro, foi alguns anos depois, com grupos como o
H.O.T., DBSK e a cantora BoA, que a maior empresa de entretenimento do país, a
SM Entertainment, começou sua jornada para o ocidente. A SM é famosa por suas
estratégias de exportação dos seus grupos: DBSK (ou TVXQ ou Tohoshinki) tem
nomes em várias línguas, Super Junior possui um subgrupo (o Super Junior M) que
canta em mandarim e SNSD (ou Girls Generation, como é conhecido no ocidente)
canta também em inglês. As portas foram assim abertas para que outros artistas
alcançassem o ocidente, mais uma vez com uma forcinha da internet
(especialmente do Youtube), como as Wonder Girls e 2pm, da JYP Entertainment, e
claro, Big Bang e PSY, da YG Entertainment.
Clipe de "Sorry, Sorry"
Mas
nada disso é por acaso. A Coreia do Sul pode ser uma grande produtora de
tecnologia, mas há tempos percebeu que a economia cultural é a aposta do
momento. O governo oferece apoio à exportação de uma cultura que leva a Coreia
como marca. E a comunicação tem papel fundamental nessa história, veja só.
Assim foi possível que a onda alcançasse o outro lado do mundo e acumulasse
milhares de adeptos. Alguns desses adeptos aqui no Brasil inclusive lotaram o
Credicard Hall, em São Paulo, no dia 21 de abril para assistir ao primeiro show
do grupo Super Junior no país, curtir e cantar junto os maiores sucessos do
grupo. Em coreano, claro.
Texto: Mariana Castro
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