domingo, 14 de setembro de 2014

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Compartilhar é comunicar na Muvuquinha #04!

Texto: Felipe Jailson / Fotos: Isabella Moraes
O que significa compartilhar? "Vai além do Facebook", disse o publicitário e mediador Weverton Raiol ao dar início ao debate na Muvuquinha #04, na última sexta-feira, na Casarela. Para ele, compartilhar é uma tentativa de construção de conhecimento. E, pelo visto, compartilhar tem tudo a ver com comunicar.
Da esquerda para direita: Artur Araújo, Lohana Schalken e Nelson Faro.
Comunicação que deu origem a todos os projetos presentes na mesa, como o ‪#‎NósCompartilha‬, representado por Artur Araújo, da Yesbil Comunicação Digital. Trata-se de uma iniciativa de troca de experiências entre profissionais e público que começou em 2013 como uma forma de ressuscitar um projeto anterior dos fundadores da agência: palestras sobre comunicação digital em diversas instituições. Algo que dialoga diretamente com os "Encontros Criativos" realizados na Casarela, representada ali pela produtora Lohana Schalken. "As pessoas só precisam se encontrar para que façam algo", acredita ela, que afirmou ainda que o mercado não encontra mais soluções somente com serviços pagos.
Nem o mercado e nem a academia. Foi na universidade que Nelson Faro, hoje publicitário e professor, levou um "sacode" de uma de suas professoras, Scarleth O'Hara, questionando o que ele e os amigos estavam fazendo na faculdade? Qual o papel deles enquanto estudantes de universidade pública? Qual o retorno dado ao investimento feito neles? Na época, fazia 4 anos que não era realizada a Semana de Comunicação da UFPA e foi com ela que Nelson e mais um grupo de alunos do curso de Comunicação decidiram dar o retorno que esperava-se deles. Foram 1 ano e 8 meses de planejamento para fazer um evento sem a "cara carrancuda" de um evento científico, mas com consistência teórica e foco na comunicação contemporânea. As reuniões para a realização do mesmo eram no Parque da Residência e foi em uma delas que a estudante Mônica Ishikawa apareceu com uma identidade visual pronta e um nome: Muvuca na Cumbuca.

Na primeira edição, Nelson conta que foram cinco dias de evento, em três turnos e três lugares diferentes, com direito a encerramento com uma festa de aparelhagem em pleno IAP. Segundo ele, o que achavam ser o mais fácil foi o mais difícil, e o que achavam ser mais difícil, foi o mais fácil.
Para Lohana Schalken, ações como essas, além de estratégicas, são uma forma de contrapartida à sociedade. Claro que inúmeros empecilhos existem para sua realização, pois existe um investimento para que elas sejam feitas. Entretanto, Artur Araújo destaca o gosto que se ganha ao fazer eventos como o #NósCompartilha. A amizade é o que Nelson também destaca como um dos maiores ganhos de se compartilhar conhecimento.
Segundo Nelson, a Muvuca foi e é um grande laboratório para a formação de quem a organiza e que em sua primeira edição, em 2008, a sua principal forma de divulgação foi o velho e eficiente "boca a boca". Para Lohana, esse trabalho conjunto é uma forma de estabelecer redes de colaboração, essenciais para qualquer processo de compartilhamento criativo.
"Eu tive tanta dificuldade em encontrar esse caminho, então quando eu o acho, preciso compartilhar", afirmou a produtora cultural. E foi nesse clima que o debate se seguiu, encerrando por aí mais um ciclo de pré-eventos da Muvuca na Cumbuca. Encerrando apenas por hora, afinal, nossa vontade de compartilhar e comunicar está apenas começando.




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