domingo, 26 de maio de 2013

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Lucas Liedke e Nô Lopes ajudam a entender tendências na Pós-Muvuca!


Dia 11 de maio, eles não puderam estar em carne e osso na Muvuca 2013, mas prometeram remediar isso. E foi com a frase “Nós viemos fazer as pazes com vocês”, que Nô Lopes e Lucas Liedke iniciaram a palestra “Apresentação Box1824: inovação em metodologias de pesquisa e análise de tendências", na nossa Pós-Muvuca, na última sexta. Se existe maneira melhor de fazer as pazes do que essa palestra, a (Des)Organização ainda não conhece.

"Concentração" define. Muvuqueiros ligados em Lucas Liedke e Nô Lopes.


SOBRE PILARES E PESQUISAS
Pra começar, Nô Lopes (com um botton da Muvuca no peito e espírito de um verdadeiro muvuqueiro), falou sobre os pilares que sustentam a Box1824, agência nascida em Porto Alegre e especializada na pesquisa de tendências de consumo. Nô apontou três pilares: “Cadeia de influência”, “Entrevistador = Entrevistado” e “Centro Primário de Influência”.

Nô Lopes apresenta a Box 1824
Sobre o primeiro, Nô explica o foco de público procurado pela Box. “Chamamos de betas, que absorvem o que é criado pelos alfas e disseminam a informação”, diz o publicitário.
O segundo é sobre a maneira de pesquisa em campo da agência. “Não trabalhamos num ambiente comum. Vamos até o ambiente do pesquisado e buscamos pessoas que os entendam para assim nos aproximarmos”, conta.
Para finalizar, o terceiro pilar identifica a faixa etária mais influente e que dá nome à agência: jovens entre 18 e 24 anos. “Os mais curiosos, os mais abertos ao novo”, explica.



Entre os núcleos da Box1824, ele enumera o de Pesquisa Qualitativa, o de Pesquisa Quantitativa e o Trend’s Research, que trata de “olhar para o mercado, identificar as manifestações, amarrá-las e assim, descobrir tendências”, explica. Quem dirige esse núcleo na Box1824, é Lucas Liedke, que assumiu a palestra depois disso.

DIGITAL NATIVES E INTERCONEXÕES
Todo muvuqueiro já ouviu falar do vídeo “All work and all play”, feito pela Box1824, né? Foi citando ele que Lucas ilustrou quem é o jovem de hoje e qual sua relação com o trabalho. Depois de 1989, ano que, para ele, é decisivo (“Além da Queda do Muro de Berlim, muitas utopias caíram e a globalização acelerou de uma forma incrível”), nasce uma nova geração de pessoas, os “Digital Natives”.

Lucas Liedke explica o poder dos Digital Natives
Digital Natives são pessoas com “uma nova forma de pensamento”. Com eles, o mundo do consumo e das pesquisas de tendências começa a lidar. Como entendê-los? A Box sistematiza da seguinte forma: Drivers do mundo digital > geram comportamentos > que nortearão valores profissionais para exercermos o nosso trabalho. Da mesma forma que programas comandam computadores, assim os drivers do mundo digital coordenam a geração de Digital Natives. Lucas listou quatro drivers e como eles ajudam a entender quem são esses jovens.


ENTENDENDO O JOVEM CONSUMIDOR
1. Interconexão: Conquista de territórios por meio da internet. Mais do que a chave do quarto, ou da casa, agora os jovens têm a chave do mundo. “Uma geração global de estéticas parecidas”, define. Entre os valores que esse driver gera, estão: comprometimento com a evolução da sociedade, espírito colaborativo, hierarquia consciente e expansão global de repertório. “O mercado está mudando e nós somos os agentes dessa mudança”, explica.

Drivers geram comportamentos que geram valores
2. Linguagem não-linear: Segundo Liedke, vivemos uma “forma orgânica de se relacionar com o conteúdo”, onde usuários navegam livremente entre abas, hiperlinks e hipertextos.  Hibridismo, mentalidade flexível, inovação em projetos x carreira linear e maior prazer na trajetória do que num objetivo final são os valores desse driver.

3. Era da Transparência: Na época onde o acesso à informação é mais fácil, empresas se preocupam com o que o consumidor (“Onipresente, onisciente e onipotente”) acha delas. Nessa geração que sabe tudo e quer fazer o impossível, a Box identifica os valores do empreendedorismo, da economia criativa, da informalidade e do uso livre da informação.

4. Forever Beta: “As coisas nunca estão completamente prontas, elas vão se aperfeiçoando.” Esse é o espírito de um beta. Em uma época de otimismo baseado em ações e onde a cultura dos games invade o nosso cotidiano, ser beta é uma rotina. Feedbacks constantes, adaptação dos dois lados do relacionamento profissional, renovação de projetos e desejo por inovação são valores que os betas buscam e as empresas também devem buscar, afinal, é com esse público que temos que lidar daqui pra frente.

"Qual o seu propósito?"
E onde nos encaixamos nisso? Bom, Lucas Liedke e Nô Lopes encerraram a Pós-Muvuca com uma provocação positiva: “Qual o seu propósito?”. Ao conhecermos isso, saberemos como lidar com nossas próprias características e com as características do mundo que nos cerca, para assim, pensar em alguma maneira de atuar nele. Entre as várias tendências comunicadas pela Muvuca na Cumbuca 2013, essa foi a última em forma de palestra. A (Des)Organização deseja que muitas manifestações sejam geradas daqui pra frente. Até 2014, muvuqueiro.

Fotos: Tarcízio Macêdo / Texto: Felipe Jailson


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