quinta-feira, 18 de outubro de 2018

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Muvuca na Cumbuca completa 10 anos

Ex-(des)organizadores contam histórias do evento, relembrando a origem e história da Semana de Comunicação da UFPA

Por: Adams Merces e Rafael Miyake


A Muvuca na Cumbuca é, desde 2008, a Semana de Comunicação da UFPA. Em 2018, completa 10 anos de história, além de retornar do hiato de um ano. A Muvuca relembra, com a colaboração de seus ex-(des)organizadores, como marcou a vida acadêmica e profissional dos que passaram por ela nesta última década.

O evento começou a ser pensado em 2007 por um grupo de alunos de Publicidade das turmas de 2005 e 2006, que viviam momentos de pouca movimentação dos professores e graduandos de Comunicação. “A maioria só ia pra aula e depois ia embora pra casa”, relembra Keila Fukushima, publicitária, da turma de 2006 e ex-(des)organizadora da Muvuca.


Conversa durante a Muvuca na Cumbuca de 2008. Foto cedida por Keila Fukushima.

Após a mobilização de estudantes da Universidade Federal do Pará, que também contou com a ajuda de alunos de outras instituições, a Muvuca na Cumbuca teve sua primeira edição, de 05 a 09 de novembro de 2008, com o tema “Novas Formas de Comunicação na Contemporaneidade”. Keila ressalta que, no começo, a dificuldade financeira era grande. “Tivemos que correr atrás de parcerias para fazer o evento acontecer. Conseguimos as bolsas e camisas de uma malharia, passagem e hospedagem de um palestrante pelo ILC, auditórios emprestados da Prefeitura, equipamentos de vários departamentos da UFPA, e assim o evento aconteceu”, rememora a publicitária.


(Des)organizadores de 2008. Foto cedida por Keila Fukushima.

Nos anos de 2009 e 2010, a Muvuca não aconteceu, sendo retomada em 2011. Andreza Jackson, formada em Publicidade, colaborou para o resgate das atividades, pois considerava a proposta do evento interessante e que contribuiria significativamente à formação dos estudantes de comunicação da UFPA. “Quando começamos a ser (des)organização em 2010 (para preparar o evento para 2011), alguns alunos de 2009 e 2010 se juntaram a nós e resolvemos criar um formato diferente da primeira edição, pois queríamos enriquecer os debates trazendo profissionais e pesquisadores de destaque nos temas que seriam discutidos no evento, e proporcionar uma visibilidade nacional dessa iniciativa que estávamos apostando”, pontua Andreza.


Andreza Jackson na Muvuca 2013. Foto: arquivo da Muvuca

“A Muvuca foi como uma filha pra mim”, revela Camila Lima, formada em Publicidade e Propaganda na UFPA e (des)organizadora do evento de 2011 a 2015. Começou a cursar Publicidade em 2011 e tinha uma visão limitada do que era a comunicação na época. “O mundo da comunicação se mostrou vasto pela primeira vez pra mim através da Muvuca. Se abriu uma porta enorme de exploração”, conta.


Camila reitera a importância da Muvuca para o curso. “A Muvuca me mostrou que poderíamos extrair o melhor de dois mundos: mercado e academia”, afirma. Ela explica como as experiências na organização foram importantes para o crescimento profissional. “Na de 2015, por exemplo, eu encabecei a Comissão de Comunicação e isso foi de grande valia pra mim. Gerir muitas pessoas e muitos processos me mostrou a dificuldade do manejo de várias etapas de um evento. Eu aprendi muito, eu me doei muito pra Muvuca, mas não me arrependo. Foi uma experiência muito gratificante. Valeu a pena cada noite mal dormida”, relata.


(des)Organizadores da Muvuca 2015. Foto: arquivo Muvuca. 


Ex-(des)organizadores, como a Camila Lima, veem a Muvuca na Cumbuca como um grande legado às futuras gerações de comunicólogos da UFPA. Já Keila Fukushima não esperava que, depois de 10 anos, ainda existiria gente disposta a fazer a Muvuca, no entanto isso a deixa feliz. Andreza Jackson acredita que o evento sempre teve a potencialidade de ser um dos grandes eventos de comunicação do Pará. Além disso, esperam que as próximas edições da Muvuca na Cumbuca sejam de grande contribuição aos envolvidos, como foi para eles.


Vida longa e próspera à nossa Muvuca!




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